Luz da arquitetura sustentável

Combinada adequadamente à luz artificial, iluminação natural possui benefícios insubstituíveis para o homem e o meio ambiente

Escritório com iluminação natural
Escritório da Studio Selgas Cano, no meio de um bosque, perto de Madri. Vidros curvos e cores vivas fazem dele um conjunto imerso na natureza

Um elevado potencial de economia de energia pode ser alcançado com a utilização da iluminação natural como fonte de luz para os ambientes internos. Além do potencial de economia, a iluminação natural possui outros benefícios insubstituíveis, tais como:

* Melhoria no conforto com miminização de consumo energético;

* Bem-estar dos indívíduos com aumento de produtividade;

* Ótima reprodução das cores naturais.

A luz natural proporciona ao ambiente uma variabilidade que depende do percurso do sol, bem como uma qualidade visual mais agradável e apreciada comparada à iluminação artificial. A relação do usuário com um ambiente iluminado naturalmente é, sem dúvidas, mais estimulante e prazeroso que aquele iluminado artificialmente. Estudos já demonstraram que o ser humano e seu relógio biológico reagem favoravelmente aos estímulos naturais que recebem da luz do dia, proporcionando melhor adequabilidade as atividades diárias e boa sensação de bem estar.

Para aproveitamento adequado da luz natural, é importante um estudo acertado no desenvolvimento do projeto arquitetônico para se evitar a incidência da luz solar direta sobre os ambientes. A radiação solar pode gerar um superaquecimento do ambiente interno, principalmente em países de clima quente como o Brasil. Nesse sentido, o estudo de orientação da edificação deve ser feito respeitando as características locais do terreno.

Os projeto de arquitetura deve passar por simulações de insolação, que prevêem como será a passagem do sol nas aberturas nas diferentes horas do dia e do ano. Caso alguma insolação excessiva seja identificada, os projetos podem receber brises, pérgolas e beirais para o devido sombreamento das aberturas ou ainda pode ser especificado tipos de vidros especiais para evitar a iluminação e calor excessivos para o interior.

shopping Granja Viana
O shopping Granja Viana, recebeu cerca de 1 mil metros quadrados de clarabóias em vidro de alto desempenho, do tipo skylights

A correta seleção dos vidros é algo extremamente importante para o conforto térmico e lumínico de um ambiente, através de sua especificação pode-se planejar o grau de reflexão, os ganhos térmicos, ou seja, a quantidade de luz e calor que entram e saem pelas aberturas.

Os vidros baixo-emissivos e os vidros de controle solar são as alternativas sustentáveis que existem no mercado, pois podem deixar passar somente o necessário para iluminar ou aquecer um ambiente.

Os vidros baixo-emissivos são aqueles que não deixam o calor passar para dentro ou para fora e podem ser tão eficientes termicamente como uma parede de alvenaria, apesar de deixar passar a iluminação natural. Porém, no Brasil, onde o clima é quente, os vidros baixo-emissivos podem ter efeito-estufa, pois não deixarão o calor sair de dentro dos espaços.

Os vidros de controle solar são aqueles capazes de refletir boa parte da energia solar, evitando ganhos térmicos pelos raios solares, porém podem ter a capacidade de ganhar ou perder calor por transmissão.

É preciso muito conhecimento pois cada situação e cada clima podem necessitar especificações diferentes.

Fonte: ecodhome